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Até quando os nossos sonhos serão possíveis?

 

Leia ouvindo: Trilho - Ivyson 💭

Sentado à beira da praia, pós-Réveillon, com o sol refletindo no azul incrível de um mar potiguar, me pego pensando na grandeza de nossos sonhos. Aqueles sonhos que, quando somos crianças, acendem uma chama em nossos corações, e que carregamos no peito, nos impulsionando a levantar todos os dias, mas que tantas vezes perdem o brilho depois de realizados. E então me pergunto: até quando os nossos sonhos serão possíveis?

Você já percebeu o quanto nos esforçamos para alcançar algo e, quando finalmente conseguimos, parece que aquilo perde a graça? Jogamos de lado o que antes era motivo de noites em claro, de planos e expectativas, como se fosse um brinquedo velho que já não nos serve mais. POR QUE SOMOS ASSIM? Será que é porque estamos sempre buscando o próximo objetivo, sem parar para realmente valorizar o que conquistamos, aqui e agora?

A vida é tão paciente, mas nós somos impacientes. Viver nos ensina, mesmo sem pedirmos permissão, através das nossas dores, dos nossos traumas, das escolhas que fazemos, e até dos erros que repetimos – e como repetimos! Tudo, absolutamente tudo, reflete em nossas ações. Não importa se você tem 10 anos ou 70, a conta chega para todos. 

E, às vezes, aquele sonho que parecia tão simples de alcançar vai ficando mais distante, parecendo quase impossível.

 Mas sabe por quê? Porque somos impacientes. Queremos tudo agora, na nossa hora, do nosso jeito. E, quando não acontece, começamos a duvidar de nós mesmos, da nossa capacidade, do nosso merecimento. É como se algo dentro de nós dissesse que não somos dignos de viver uma vida plena. E, para piorar, muitas vezes deixamos o ego falar mais alto. Ele nos afasta da simplicidade de aceitar que nem tudo e nem todos vão permanecer.

A verdade é que viver não é linear. Tem as nuances, as partidas, as mudanças loucas de um dia caótico. Tem os momentos em que precisamos recomeçar, os dias em que temos que aceitar o que não podemos controlar – e está tudo bem. Porque, no fim das contas, o que realmente importa não é o número de ondas que pulamos no início do ano, mas como está o nosso coração diante de tudo o que enfrentamos.

O segredo para viver uma vida mais leve talvez esteja na maneira como olhamos para os nossos sonhos. Não como metas que precisam ser riscadas de uma lista, essa que, ao fim do ano, nos frustra ao apontar o que não conquistamos. O belo está em aceitar o dia a dia e entender que jornadas como essas merecem ser vividas com leveza e gratidão. Talvez esse seja o verdadeiro sentido de viver: sonhar, lutar, realizar e, acima de tudo, valorizar. Porque, enquanto estivermos vivos, sempre teremos coragem de acreditar e de tornar os nossos sonhos possíveis – por mais que, às vezes, pensemos o contrário.

Seja paciente. O que é seu, volta.

Com amor, James. 

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