Quem diz a verdade, abre o caminho para as coisas boas

 Imagem: Anastasia Lashkevich | Pexels

Leia ouvindo: Solo (Acoustic) - Myles Smith 💭

A verdade tem um peso que, muitas vezes, a gente tenta evitar carregar. É mais fácil camuflar sentimentos, dizer o que os outros querem ouvir e seguir o fluxo sem questionar. Só que, no fim, a verdade sempre aparece – e como aparece –, seja de forma mais leve ou como uma dor. E a grande questão é: por que tememos tanto ser honestos, se é justamente isso que nos liberta?

A vida me ensinou, de formas nem sempre boas, que a verdade nem sempre agrada, mas sempre constrói. Já perdi pessoas por ser sincero. Já me distanciei de situações que, no fundo, eu sabia que não faziam sentido. Já vivi momentos em que a vontade de me encaixar foi maior do que o desejo de ser quem eu realmente sou. Mas, no final das contas, cada vez que escolhi a verdade, mesmo quando doeu, abriu-se um espaço para algo muito melhor.

Falar a verdade nem sempre é sobre revelar algo. Às vezes, é apenas admitir que aquilo já não faz mais sentido. É reconhecer que um ciclo acabou, que um sentimento esfriou ou que aquilo que parecia importante já não é mais. É olhar para alguém e dizer: “Eu não quero mais isso.” Ou até olhar no espelho e admitir: “Eu não estou feliz.”

O medo de ser sincero muitas vezes vem do receio da rejeição. A gente aprende, desde cedo, que AGRADAR OS OUTROS É UM CAMINHO MAIS SEGURO. Mas será que vale a pena carregar o peso de uma vida que não é nossa só para manter as aparências? Será que faz sentido fingir conforto quando, por dentro, algo grita que aquilo não está certo?

Ser de verdade, ter a verdade, falar a verdade tem um efeito incrível: ela seleciona. Quando você escolhe ser verdadeiro, algumas pessoas vão se afastar, mas as que ficarem estarão ali pelo que você realmente é, e não por uma versão montada para agradar. Relacionamentos que sobrevivem à verdade se tornam mais fortes, porque não há dúvidas, inseguranças ou máscaras.

Isso vale para tudo: amizades, trabalho, família, relacionamentos amorosos. E, principalmente, vale para a relação que temos com nós mesmos. O autoengano é um dos piores tipos de mentira, porque nos mantém presos a ciclos que só nos fazem mal. Fingir que não se importa quando se importa. Fingir que algo ainda te faz feliz quando, na verdade, só pesa. Segurar uma relação que já está morta apenas pelo medo de recomeçar.

Eu sei que dizer a verdade nem sempre é fácil. Exige coragem. Às vezes, significa enfrentar olhares de reprovação ou o silêncio de quem preferia que você tivesse mentido. Mas, no final, é a única coisa que realmente vale a pena. Porque a verdade pode até assustar no começo, mas, depois, traz leveza. E, quando a gente se livra do peso do que não faz sentido, abre espaço para muitas coisas boas e lindas chegarem.

Então, se tem algo preso, se tem algo que você vem adiando, se tem uma conversa que precisa acontecer: diga a verdade. Por mais que pareça difícil agora, no futuro, você vai agradecer. Porque quem diz a verdade pode perder algumas lutas, mas ganha a guerra de viver com o coração em paz. E isso, no fim das contas, é o que realmente importa.

Com amor, James. 

Comentários