Leia ouvindo: Let It All Go - Birdy & RHODES 💭
O amor verdadeiro não precisa ser implorado. Não precisa de humilhação, nem de testes, nem de provas de que você ama de verdade. Ele simplesmente acontece, se mostra, se constrói. Quando a gente precisa pedir para ser amado, alguma coisa já não anda bem. E por mais que doa admitir, insistir em um lugar onde o nosso valor não é reconhecido acaba sendo uma forma de se machucar aos poucos, dia após dia.
A gente cresce ouvindo que o amor exige esforço, e sim, exige. Mas não o esforço para convencer alguém a ficar. O amor exige o tipo de esforço em que ambos se doam, aquele que nasce do desejo sincero de estar junto, de cuidar, de somar, de partilhar a vida. "Quando só um lado tenta, cansa. E o que existe já não é amor... é dependência emocional."
Às vezes a gente confunde apego com amor. Confunde a memória do que foi bom com a esperança de que volte a ser. A gente guarda migalhas, achando que, se pedir com jeitinho, se for mais compreensivo, mais paciente, mais qualquer coisa, a outra pessoa finalmente vai enxergar o nosso valor. Mas amor de verdade não precisa de pedido de socorro. Amor de verdade te faz enxergar a vida, te faz ouvir coisas boas e cuida de você da melhor forma possível. Ele não desaparece quando é mais necessário.
Eu já me vi nesse lugar de esperar que alguém me escolhesse. E posso te dizer: não vale a pena. Não vale a nossa paz, não vale o nosso esforço. Porque o amor que a gente merece não anda de mãos dadas com o desapego, muito menos com o descaso. Ele acolhe, respeita, se faz e se mostra presente. Ele não nos deixa no vácuo, nem nos faz duvidar do que merecemos.
O amor verdadeiro tem um silêncio confortável, não aquele silêncio que machuca e faz chorar na maior parte do tempo. Tem uma presença única que acalma, e não uma ausência que enlouquece. E, acima de tudo, ele é leve. Pode ter dificuldades, sim, mas não é uma luta constante para se provar digno de atenção. Ele cresce quando é recíproco, quando há espaço para os dois serem quem são, sem cobranças, sem competição, sem medo.
Se você está num relacionamento em que precisa implorar para ser visto, para ser ouvido, para ser amado... talvez já tenha a resposta que tanto busca. Porque o amor, quando é de verdade, se revela nos gestos mais simples. Está ali no “chegou bem?”, no “pensei em você hoje”, no “vamos resolver isso juntos” ou no “bom descanso, amor”. Está no dia a dia, na rotina, no carinho espontâneo, não nas promessas que nunca se cumprem, nem nos pedidos de paciência que nunca se justificam.
E eu sei: sair desse lugar dói. É uma dor que parece rasgar cada parte de quem somos, porque a gente apostou, acreditou, entregou o coração. Mas, com o tempo, a gente percebe que não perdeu nada. Na verdade, ganhou de volta a chance de se amar de novo, sem depender da validação de ninguém. Ganhou liberdade. Ganhou a verdade.
Não se implora por amor. Não se negocia o mínimo. O amor que vale a pena chega com respeito, com cuidado e com a vontade genuína de construir algo bom. Ele não faz a gente se sentir pequeno. Ele nos faz crescer, juntos.
Se for pra amar, que seja com leveza, com verdade, com presença. Porque o amor que te faz chorar mais do que sorrir... esse não é amor. E você não precisa implorar para viver o que é, de verdade, seu.
Com amor, James.
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