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A maturidade do amor que eu não tive

Imagem: Lukáš Dlutko | Pexels

Leia ouvindo: Não te largo, não te troco - Ana Gabriela e Melim 💭

Após me tornar adulto, sempre imaginei como seria se meus pais tivessem me ensinado mais sobre o amor, sobre escolhas afetivas e sobre as pessoas. Não estou falando do amor e do relacionamento que existiu entre o casamento e a história de vida deles, mas da preferência pelo amor em muitas atitudes. Acredito que, se eu tivesse compreendido isso desde cedo, muitas coisas teriam sido evitadas em minha vida, principalmente mentalmente e nas atitudes amorosas.

Na infância, somos bombardeados por diversas informações que contribuem para o nosso crescimento. É nessa fase que começamos a moldar nossa compreensão de escolhas, atitudes e relacionamentos, sendo o amor uma parte fundamental desse processo. Infelizmente, nossos guias (pais e familiares) negligenciam muito esse aspecto crucial em nossa educação. Percebi em minha família que eles acreditam que as crianças simplesmente absorverão o conhecimento sobre o amor ao longo do tempo, sem a necessidade de uma orientação ativa, sem demonstrar afeto, sem sentar para conversar e mostrar em atitudes o que é o amor.

Hoje, olhando para trás, percebo como a imaturidade pode ser um caos, não apenas a imaturidade física, mas a emocional e a espiritual também. Quando não entendemos completamente o amor, corremos o risco de viver de maneira superficial, egoísta e solitária. Aprendi que, em relação ao amor, aprender com os erros nem sempre é uma opção viável, especialmente quando se trata de não arriscar ferir profundamente aqueles que amamos enquanto buscamos entendimento. Deveríamos ter aprendido isso antes, quando foi realmente preciso.

Ao analisarmos que o amor é um sentimento complexo e ao mesmo tempo belo, entendemos que cada significado e pessoa que permitimos entrar em nossa vida pode ter uma contribuição significativa e reflexiva nisso. Devemos aprender a AMAR DE FORMA MAIS SIMPLES, sem julgamentos ou achismos. Ninguém deve opinar sobre o que é melhor para nós, exceto nós mesmos. Afinal, amar ´´e uma porta para ter uma base de vida mais verdadeira, acolhedora e intencional.

Ao longo do tempo, minha visão sobre o amor mudou.

Antes, via-o como um mero componente da vida, um erro, um julgamento, mas agora entendo que é o melhor sentimento de pertencimento que pode existir em nosso coração, e devemos demonstrar esse sentimento. Viver a dois ou compartilhar a vida com aqueles que amamos é muito mais valioso e traz uma alegria incomparável.

Com amor,

James.

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