Leia Ouvindo: I Am Not Who I Was - Chance Peña 💭
É engraçado como crescemos predestinados a nos relacionar com alguém, construir uma família e, nesse meio tempo, ter uma vida a dois. Somos criados pelos nossos pais até a fase adulta, nos formamos, adquirimos um emprego e desejamos compartilhar essas realizações com alguém.
Ao escrever isso, percebo o quão privilegiadas são as pessoas que usufruem dessa experiência. Viver é, de fato, marcante, e ter alguém ao nosso lado para desfrutar dessa maravilhosa partilha é lindo. Criamos tantas expectativas em nós mesmos, nos arrumamos, nos dedicamos e tentamos sempre mostrar que somos únicos, que nos vestimos bem, que temos condições financeiras, que somos até bonitos.
Talvez seja o ego em nossos corações nos fazendo acreditar que temos tudo ao nosso alcance, ou talvez o medo de achar que nunca encontraremos alguém e morrermos sozinhos, sem poder compartilhar nossa vida. Ou, de fato, o sonho da infância de criar nossos filhos, casar e compartilhar a vida de maneira mais linda e significativa.
Mas, ao amadurecer, percebi que “as pessoas têm sonhos diferentes dos nossos” e que nem sempre elas vão querer um relacionamento. Alguns desejam apenas curtir a vida, outros querem conhecer novas pessoas, alguns nem se interessam em se relacionar, e muitos querem uma vida a dois.
Desde que o conheci, tinha certeza de que ele poderia ser a pessoa que eu tanto desejava. Criei expectativas, lancei sobre ele todos os meus sonhos, minha alegria e todo o meu amor. Todo esse mix de empolgação e a vontade de ter tudo tão rápido se deviam ao medo, o medo de perdê-lo, de afastá-lo. E nisso me frustrei.
Me frustrei porque fui acelerado, porque tinha ciúmes e medo de perdê-lo. Me frustrei porque percebi que minha idade e minha criação eram diferentes das dele, que meus planos eram diferentes dos dele. E sabe o que mais dói? Quando estamos cegos de amor por alguém, esquecemos que também somos especiais.
Paramos de olhar para nossas qualidades e começamos a focar nos nossos defeitos. Será que de fato o problema sou eu? Será que nunca vou me relacionar com alguém? Será que ele é tudo isso que vejo com meus olhos? Ou será que é o meu medo de perdê-lo que me faz esquecer todas as vezes que tentei ser mais do que ele desejava?
Viver, às vezes, é estranho.
As pessoas podem pensar que queremos que elas mudem por nós, mas eu nunca desejei que alguém mudasse por causa das minhas qualidades ou defeitos.
Aprendi, através da partilha da vida e da leitura, que ninguém muda por ninguém. Mas podemos inspirar alguém a ser melhor, e foi isso que tentei ser e tento todo esse tempo.
Mas, todo esse ciclo chegou ao fim. Dói escrever isso, e por mais que todos os meus sonhos estejam se realizando, você sempre estará em minha memória, pois meu maior sonho era que você realizasse seus sonhos comigo.
Seja na praia, no cinema, na balada ou em uma viagem para um novo destino, você sempre estará lá. Entendo que seu foco, no momento de vida em que estava, era outro. E com tudo isso, sofro muito. Seria mentira dizer que estou bem. Seria demais vê-lo beijar outras pessoas e saber que o que eu desejava para nós não acontecerá mais.
MAS APRENDI QUE NADA E NEM NINGUÉM É PARA SEMPRE, NEM MESMO AQUELES QUE MAIS AMAMOS. E você foi uma dessas pessoas.
Com amor,
James.
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