Leia ouvindo: Slide Way - Miley Cirus 💭
Após o banho, enquanto me secava, olhava-me no espelho ao som do álbum *Serenata da GG* de Glória Groove. A música fala sobre o quanto ela odeia o dia 12, e isso me fez cair em lágrimas. Lágrimas porque ainda sinto saudades de momentos que não vivi, mas que desejo viver, ou de memórias que me tornaram alguém melhor. Saudades de momentos em que me sentia completo, amado e admirado.
Com isso, percebo que o amor não correspondido é uma das coisas mais difíceis que já vivi. Você se dedica, se entrega, imagina um futuro com aquela pessoa, acredita que, muitas vezes, o “dar certo” acontece quando os olhos dela estão voltados só para você. Mas, na maioria das vezes, isso é mais louco do que pensamos. Às vezes, a pessoa não tem os mesmos objetivos, e está tudo bem! Nesse momento, você se vê lutando sozinho em uma guerra que destrói seus sentimentos e te faz questionar se era realmente aquilo que você desejava, levando-o ao fundo do poço.
Criar expectativas em cima de alguém ou desejar ter um amor recíproco te faz cair, pois você começa a projetar esperanças que não serão alcançadas. E é aí que entra o “mas você precisa viver”. Sim, eu preciso viver, mas como viver sem me apegar, sem dar o melhor de mim, sem ser quem realmente sou? Cada mensagem sem resposta, cada sentimento que você espera de volta, mas que no fundo sabe que nunca virá, dói cada vez mais. E, em todos esses momentos, você começa a achar que o problema está em você, que talvez ele fosse o seu futuro namorado, o futuro marido, ou que você precise ser mais bonito, mais atraente, mais interessante. Mais do que qualquer coisa, você quer que ele te ame exatamente como você é. No fundo, sabemos que não podemos mudar o que as pessoas sentem por nós.
Com o tempo, percebemos que essa carência (e eu admito isso) faz com que demos mais do que merecemos. Sacrificamos nossa paz e bem-estar emocional por alguém que, talvez, não esteja brincando com nossos sentimentos, mas que deixa claro que não quer nada sério, apenas uma curtição momentânea. O foco dessa nova geração é exatamente isso. E é aí que o vazio aparece, porque tudo o que você faz parece não ser suficiente.
ESTAR NO FUNDO DO POÇO É UM LUGAR TÃO DIFÍCIL, ESCURO, SOLITÁRIO, QUE PARECE QUE VOCÊ NUNCA VAI SAIR. Músicas, momentos, pessoas te fazem lembrar dele, e isso te arrasta de volta. Mas, ao reconhecer que estou nessa situação, o desejo de mudança começa a surgir. Percebo que ainda existe vida, ainda existe esperança, e que eu não posso continuar assim. Vejo que preciso recuperar quem eu realmente sou, minha autoestima, meu valor e, principalmente, o amor por mim mesmo.
Porque, no fim de tudo, o amor que tanto desejo no outro, eu tenho dentro de mim; só preciso aprender a colocá-lo em prática.
É nessa escuridão que as coisas começam a fluir e são vistas sob uma nova perspectiva. O que parecia o fim é, na verdade, o início de uma nova história. Esse processo de sair do caos, instalado por nós mesmos em nossas mentes por não vivermos um amor recíproco, nos fortalece. Você aprende a ser mais cuidadoso em tudo, a colocar limites e a entender que ninguém é obrigado a amar, muito menos a se relacionar. Isso não significa que não sejamos dignos de ser amados. Pelo contrário, significa que o amor verdadeiro virá naturalmente, sem esforço, sem exageros, de forma leve e com atitude.
Por mais difícil que seja viver dias sem o amor ao seu lado, ele não vai durar para sempre. A dor não é para sempre. Um dia você vai acordar e perceber que todos os sentimentos e dores passaram, que você não está apenas mais forte, mas também apto a viver uma nova vida. E quando uma nova pessoa aparecer, perceberá que está mais pronto do que imaginava e que não aceitará mais os erros do passado, para não ter um relacionamento parecido com aquele que um dia te frustrou.
No fim, o fundo do poço é apenas mais uma barreira, e foi nele que encontrei forças em meio às lágrimas para seguir meu caminho, acreditando que o futuro tem algo reservado para mim. Por mais que não seja da maneira que desejamos, viver o amor nos ensina que o mais importante de tudo é amar a nós mesmos. Portanto, que possamos ser movidos, demonstrar afeto e amor, afinal, damos aquilo que mais temos em nossos corações.
Com amor, James.

O apego tem a ver com aquilo que esperamos do outro! Se nos dermos ao outro genuinamente, seja quem fôr ( colega, amigo, familiar, estranho na rua) sem esperar nada em troca, sentirás um raio de felicidade descomunal, pois deste o melhor de ti.
ResponderExcluirIsso fará com que tenhas um bom retorno no futuro, porque o universo nos ouve 😊.
Concordo plenamente com você! Acredito que quando nos entregamos, sem criar expectativas, a vida nos surpreende de maneiras positivas. Esse desapego e essa generosidade trazem uma leveza e uma felicidade que realmente não têm preço. E, no fim, a vida acaba devolvendo em formas que muitas vezes nem imaginamos. Obrigado por compartilhar seu pensamento aqui. (:
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