Leia ouvindo: Detalhes - Ivyson 💭
Frequentemente me pego analisando, e hoje foi um desses dias, pensando: o que alguém espera de mim? Com certeza, essa pergunta surge quando nos doamos às pessoas, entregamos nossa energia, nosso tempo e até nosso lado mais íntimo (nosso afeto). Mas aí a gente sente que um ou dois dias sem resposta já são suficientes para trazer a incerteza sobre o que de fato está sendo construído.
Eu sei que nem sempre as pessoas são claras. Às vezes, você encontra alguém que te ajuda a ser uma pessoa melhor, que te faz ver a vida com outros olhos, mas que, ao mesmo tempo, carrega tantas feridas que não consegue retribuir da forma que você gostaria. Essa dúvida acontece porque somos humanos, temos sentimentos, e quando falta reciprocidade, sentimos, porque ela é uma das experiências mais essenciais da vida.
Mas e se a verdadeira pergunta não for sobre o que o outro quer de nós, e sim sobre O QUE ESTAMOS DISPOSTOS A DAR? Até onde podemos ir sem ultrapassar nossos próprios limites emocionais?
Precisamos entender que existe uma linha tênue entre cuidado e sacrifício. É lindo e verdadeiro querer ajudar, ouvir, ser um porto seguro, até ajudar alguém a reconstruir a autoestima. Mas até onde é saudável continuar entregando algo que não volta? Às vezes, insistimos em amizades que, por mais bonitas que sejam, não têm o mesmo propósito ou destino. E tudo bem. Por mais que doa, reconhecer isso é uma forma de amadurecer. De sentir os próprios sentimentos e lembrar que você também vive, também tem emoções.
A dor de não saber onde uma conexão vai dar é real, porque todos desejamos isso. Quando criamos laços com alguém, é inevitável desejar algo maior, mais profundo. Mas nem sempre isso acontece, porque as pessoas têm seus próprios tempos, inseguranças e traumas. Isso não significa que a amizade não seja válida, mas talvez ela não corresponda às expectativas que você depositou.
Talvez o segredo esteja em aprender a equilibrar, e isso vale para tudo: dar o que podemos, mas também respeitar nossos limites. Amar sem nos culpar. Entender que nem todas as pessoas que cruzam nosso caminho estão destinadas a ficar.
E se, no fim das contas, essa dúvida permanecer, talvez a resposta esteja em outra pergunta: o que eu quero de mim mesmo? Porque, às vezes, a busca por entender o outro nos desconecta do que realmente precisamos e de quem somos.
E isso também é parte do aprendizado: saber quando seguir, quando esperar e quando soltar.
Com amor, James.
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